segunda-feira, 29 de junho de 2009

Duvide da vida, mas pós-modernidade viva!

O que eu queria estar fazendo agora? A resposta dessa pergunta é bem fácil! Eu queria está numa festa de São João em algum lugar perdido ou achado no meio de Pernambuco ou dentro do ônibus que me levasse para São Raimundo Nonato, para vivenciar o maior encontro de arqueólogos do mundo. Mas esse desejo não cabe nas mãos, só no coração!
Sabe qual é o problema do dinheiro? Sabe, não? Ora, é não ter dinheiro! Justamente por essa razão estou aqui nesse momento, sentada em frente ao computador, escrevendo qualquer coisa pro tempo passar e chegar a hora de eu ir pra casa, lavar roupa e limpar o chão!
Eu duvido todos os dias se as coisas que eu desejo realmente se farão na minha vida, e mesmo assim continuo vivendo tentando crer que tudo dará certo, mesmo que demore. O desespero cotidiano, a corrida diária atrás de um ônibus que certamente demorará, preocupada se dará tempo, se farei todos os trabalhos, se o blog está atualizado, se eu vou ter dinheiro para o congresso, se vai estar frio, se terei que comprar roupas quentes, se dará tempo fazer o artigo, como é que manda trabalho pro congresso? Se perco o curso ou o emprego?
Mesmo assim estou aqui, na frente do computador tentando entender a necessidade da minha presença aqui se eu não fiz, e nem vou fazer nada. A não ser ficar a manha toda na internet vendo besteira, em vez de procurar algo interessante que pudesse estudar. Novamente começa a tocar Faroeste Caboclo, agora lembrei os motivos que levaram as escrever é que minha vida se parece com a de João de Santo Cristo!

sábado, 20 de junho de 2009

Descaracterização do humano

Ainda me surpreendo com a capacidade humana de se desumanizar. Tanto anos passaram desde a criação da sociedade pelos homens e mesmo assim parece que ainda estamos vivendo numa idade anterior a das pedras.
Sabe onde fica guardado o problema da humanidade? Dentro da impossibilidade dos homens de olhar para o outro como se fosse ele próprio, falta-nos alteridade, falta-nos amor, próprio e pelos pares, falta-nos competência suficiente para não precisarmos destruir uns aos outros. Isso é uma questão de guerra, e esta é deveras perigosa, porque com armas você sabe contra o que está lutando, mas com gestos, símbolos e idéias você não sabe. Guerra simbólica? Não! Guerra humana por falta de amor, por falta de respeito.
O problema disso tudo é que os homens começaram a achar podiam e podem tudo sem se preocupar com nada, sem se preocupar com o que vão fazer com o próximo e como este vai se sentir, não nos preocupamos mais com a dor, com as capacidades, com as habilidades e com as competências individuais. Temos e vivemos a cada segundo com o medo de sermos superados por alguém, mas não deveria ser este o nosso medo. Drumonnd já disse uma vez “deseje para si o melhor e ele se instalará sobre você”. Não percamos tempo preocupados com quem vai nos superar façamos o nosso melhor. Prove que é melhor, mas não ofenda, não massacre, não humilhe e não diga pelas costas aquilo que tens vergonha de falar olho no olho.
Depreciação desumaniza. Diga na minha cara aquilo que falou para os outros, fale para mim mesma aquilo que disseste ao cara para que ele não me ajudasse, sem se preocupar o que eu pensarei de você. Não sorria pra mim, não me pergunte como estou você tem direito de não gostar de alguém, mas não me desumanize fingindo que se importa com o que eu sinto isso é uma barbárie, isso não é humano. Cada pequena falcatrua que a principio não é nada pode ser uma grande catástrofe em longo prazo.
O que não presta, o que não é bom, não é presta e não é bom, mesmo que isto aconteça todos os dias e que pareça cotidiano ainda assim é ruim, é violento é depreciativo, é desumano. Não mate um pedacinho de alguém todos os dias, bondade não destrói ninguém, pode até apavorar a principio, mas não cometa a barbaridade de pensar que ela deixou de existir. Ainda temos chances e eu acredito nelas!

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Diploma para Jornalistas e Cozinheiros, já!

Logo pela manhã, ouvi a celebre frase do Ministro Presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes: “Jornalista é como Cheff de cozinha, não precisa de diploma para ser bom”. Coitados dos jornalistas e estudantes de jornalismo que, assim como eu, não sabem cozinhar.

Jornalismo é uma profissão e precisa sim ter uma regulamentação. Já pensou se todos os diplomas universitários não forem mais obrigatórios? Para se entender de leis e de Constituição, Senhor Ministro, também não é preciso fazer o curso de Direito? Então, o diploma deve ser extinto também...

Técnicas, práticas, leituras, Teorias da Comunicação e do Jornalismo, e tantas outras atividades que fazem parte do currículo de um curso de Jornalismo; tudo isso foi desconsiderado quando se votou pela extinção da obrigatoriedade do diploma, da nossa tão perigosa profissão. O jornalista é um mediador de informação e noticias, não é o dono da razão, da verdade, não é o único que se expressa, que comunica. O ato de falar, utilizar sinais é comunicar; partindo disso, todos os cidadãos são livres, quanto à expressão e à comunicação. Ora, sendo assim o diploma não é inconstitucional.

Nós, jornalistas, fomos comparados a chefes de cozinha, desmerecendo tanto a nós, como aos chefes de cozinha. Voltamos ao tempo em que as únicas profissões que merecem valor são as de médicos, advogados e engenheiros. Ser jornalista vai muito além do somente escrever. Diferentemente do que disse a advogada do Setersp, Tais Gasparian,a profissão do jornalismo tem técnica sim, ela é formada em jornalismo por acaso pra saber?

O Ministro Gilmar Mendes continuando o seu “belíssimo” discurso disse que o jornalismo não exerce perigo algum para a coletividade. Que memória curta... foram esquecidos todos os grandes erros e acertos jornalísticos que mudaram a história do Brasil e do mundo.

Para ser escritor realmente não é preciso ser jornalista. Aliás, para escrever não é preciso nem ter profissão, é preciso somente saber escrever. Desculpem-me, mas agora terei que aprender a cozinhar, eu sabia fazer o Lead, agora precisarei saber fazer comida.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

terça-feira, 9 de junho de 2009

Que raios de bicha é essa?

Já se avistava o rio, o Velho Monge era o horizonte, isso significava que o Sistema de Eletrônico de Bilhetagem- SEB, vulgo Setut, estava próximo. Por incrível que não pareça, a “bicha”, como falam nossos anfitriões de língua, estava maior que todas as vezes que eu já tinha visto.
A velha carreira de estudante me obrigou a enfrentá-la, afinal, uma lei judicial me dá o direito à meia passagem. Com aproximadamente 600 metros para mais ou para menos, como dizem as pesquisas de opinião, me dispus mais uma vez, por necessidade obviamente, a cumprir esta cruel aptidão de estudante teresinense.
Teresina é considerada uma das menores capitais do nordeste e também do Brasil, e mesmo com toda sua pequenez possui um precário, ineficiente e caro sistema de transporte coletivo. Mas pior que isso, porque é comum passar 40 minutos numa parada de ônibus, é ficar uma hora, 30 minutos e alguns segundos na “bicha” para colocar créditos estudantis e assim ter acesso à meia passagem que nos cabe por direito.
Ergui os olhos após algumas fotos daquilo, daquele monstro, daquela “bicha”. Oh! “bicha” meu Deus! Mesmo assim não desisti, após alguns minutos em pé encontrei uma amiga de curso e logo tratamos de dar um jeitinho brasileiro e pelo menos esta uma hora e meia passou com uma boa conversa e muitos sorrisos. Mas não foi rápido coisa nenhuma, afinal uma hora e meia é sempre uma hora e meia.
O SEB foi descentralizado, vários pontos de distribuição foram espalhados pela cidade. No entanto, o que parecia uma solução se tornou um problema ainda maior, pois apenas espalharam os computadores pela cidade e a central ficou com menos caixas distribuidores de passagens estudantis. Talvez seja esta a explicação para aquela “bicha” homérica.
Colocados meus créditos, desci as escadas e me perdi da amiga naquele mundaréu sem fim. Depois de passar por tudo isso compreendi fidedignamente o motivo pelo qual nossos colonizadores portugueses e irmãos de língua chamam fila de “bicha”.
Pense numa bicha grande! Essa expressão cabe perfeitamente para aquele alinhado de pessoas, que estavam próximas ao Velho Monge naquela tarde.

Escolha já seu nerd! - Seminovos



Porque toda mulher precisa do seu!