quarta-feira, 12 de maio de 2010

Ela e os seus sapatinhos

Por: Thays Teixeira

Um certo Renato, aí, já dizia que ninguém poderia dizer que não existe razão nas coisas feita pelo coração. Acho que a razão do coração está entregue nas mãos de um outro plano. Uma amiga do meu lado numa cadeira que quando fica fazia faz uma falta, tamanha é um belo exemplo desses planos espirituais que nos fazem ser melhor a cada dia.

Seu sorriso largo enche de vivacidade o ambiente, barulhento e sem afeto de uma redação de jornal. O corpo é magrinho e esbelto, os seus cabelos loiros e bem tratados, e os seus sapatinhos da Arezzo, roubam os olhares de todas as meninas. Mas o que mais apavora quando a cadeira ao meu lado está vazia é o mar de alto astral e boas energias que não estarão presentes pelas longas horas que passam.

O livreto com leituras diárias sobre espiritualidade, a delicadeza de colocar no lugar certinho as gotinhas da diagramação, e as perguntas na hora da edição, quando quer saber da minha opinião, são como um ritual que quando a menina dos sapatinhos não vai, é impossível de acontecer.

As músicas cafonas que eu escuto contrastam com as musicas joviais da Gaga, que ela adora, ou até mesmo da Pitty, que por esses dias resolveu não mais parar de ouvir, mesmo assim trocamos gargalhadas por isso. Olha, que até mesmo pelo twitter ela consegue ser radiante. O profissionalismo, a competência e a responsabilidade fazem parte do contexto da minha admiração pela menina dos sapatinhos.

A moda, o bom gosto e habilidade impar com a gentileza, a paciência e a diplomacia constatam que os olhos de todos se fitam na menina e não nos seus sapatinhos. Eu não quero a cadeira ao meu lado vazia! Quando viajar não demora.