sábado, 30 de maio de 2009

AULA DE ANTROPOLOGIA

To morrendo de sono e esse tempo que não passa...
Já imaginei toda a minha vida, como tudo aconteceu e podia ter acontecido. Desde os tempos da pequenez, coisas que a mãe falava sobre o fato de eu não saber sentar, engatinhava e caía, com queixo no chão que sempre ficava ferido. Mas estou aqui e pelo visto não bato mais o queixo ao chão. Aprendi a caminhar, levantar e de vez em quando uma topada.
Das lembranças infantis, as petecas na areia, a bola velha no campinho de futebol, e aquele hábito infeliz de sempre cair do pé de seriguela em frente a casa de madeira alugada e velha em que morávamos, e quantas quedas ainda vieram, e cá estou eu em pé ou pelo menos pareço estar.
Ah! Os banhos nas cachoeiras, nem lembrava mais deles, como era fascinante imaginar a quantidade de água que caía e quanto litros de suco dava pra fazer, sempre achei isso um tanto quanto sem sentido, mas nunca me vinha algo diferente a cabeça. Boas inbecilidades eram aquelas.
Os amigos da rua, a bicicleta e as lombadas, numa estrada de terra batida o asfalto era um sonho distante. Os gritos daqueles que saltavam mais alto ecoavam no tempo, hoje eles chegaram aos meus ouvidos novamente. OPA! Presente, professora! A aula acabou e os devaneios se foram, não era o grito dos velhos amigos.

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