quarta-feira, 27 de abril de 2011

Liberdade atraente

Adoro as possibilidades principalmente quando elas se mesclam de perigo e prazer. Que os homens e mulheres possam entender que a liberdade é mais atraente que as correntes... e mais saborosa também. Parem de optar pelo que prende. Um tributo ao fim das obrigações... principalmente as de caráter sentimentais.

sábado, 16 de abril de 2011

E essa gente é DEMAIS!


Não teve mesmo como não ir. E se não tivesse ido à certeza de que esta hora eu estaria arrependida era outro fato. Quem me conhece sabe que odeio mudanças repentinas e alterações bruscas. Não gosto mas sei que elas acontecem e por causa disso tenho que adaptar, acho que todo mundo faz isso.

Gosto de ir para as festas cedo, uma teimosia pessoal, porque sei que os shows agora só começam mesmo depois da 1 hora da manhã. Mas este foi diferente. O clima incerto de Teresina nessa época do ano foi o causador dessa alteração. Uma chuva que mais parecia o dilúvio de Noé, me fez sair de casa mais depois meia-noite e quarenta e cinco Isso depois de passar 20 minutos ligando para o taxi, só dava ocupado, e quando deu certo ainda tive que esperar mais 15 minutos. Até quem fim consegui sair de casa. Já estava parecendo um milagre.

"Você não sabe o quanto eu caminhei pra chegar até aqui. Percorri milhas e milhas antes de dormir"... foi maravilhoso! Depois de uma épica chuva... valeu cada centavo, e Teresina virou mesmo uma Cidade Negra. E pela primeira eu estava no show da banda reggae. Estilo musical que, aliás, faz parte da minha vida desde a infância, com o papai ouvindo Bob Marley e Peter Tosh, ainda nas fitas.

Mas a história da minha dificuldade em chegar ao show perderia todo o sentido se a festa não tivesse sido maravilhosa e perfeita. Se tiver outras palavras para definir o quão bom foi, sintam-se a vontade para usá-las. O que me impressionou, além da beleza do Toni Garrido, que já era esperada foi à energia que ele leva ao palco. Ele estava maior que as luzes. A banda em uma sincronia perfeita e os fãs eufóricos. Nem a chuva foi capaz de deixar a galera em casa, ao contrário tinha muita gente. E essa gente era DEMAIS!

Uma prova que a noite teresinense está mudando e aquele velho hábito das coisas culturais deixarem de acontecer porque chove está sendo abandonado. O cotidiano da cidade está mudando, ela está crescendo e a gente está gostando.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Elogio a falta de razão


            “Idéia de uma história universal de um ponto de vista cosmopolita”, é o título de uma das obras do filósofo Immanuel Kant, no texto ele descreve em linhas gerais a relação entre o jogo da razão e da liberdade da vontade humana. Mais que tudo, Kant explica como são irregulares e confusos os sujeitos individuais e justifica que no conjunto da espécie, a homo sapiens, a evolução é progressiva. O que justificaria a incoerência do indivíduo, já que para ele em toda a sua vida (limitação temporal entre nascimento e morte) o homem não é capaz de apreender tudo aquilo que necessita para viver. Esse legado é permitido pela cultura.

            Um dos motivos para isso advém da razão. O verbete que afastou o homem inteiramente de tudo o que o ligava ao estado de natureza, é o mesmo que permite a este, proporcionar-se a si mesmo felicidade e perfeição. O homem é livre do instinto e a sociedade é maior que o indivíduo. O indivíduo nesses tempos de pós modernidade parece querer transformar o mundo, e voltar ao hobbesiano – homem lobo do homem – com a falta da razão.

            O filosofo que pregou a necessidade da paz perpétua, depois da evolução progressiva da espécie tem se mostrado equivocado a meu ver ou seus pensamentos já não cabem mais, quando tudo está para a violência e as razões estão perdidas. Ou os sujeitos individuais de hoje não foram ensinados culturalmente, pelas descobertas das gerações anteriores que as suas vidas só fazem sentido se forem sociais. Estão individuais e dentro do quadrado individual eles se perdem e ferem e matam.

            Esses casos estão mais freqüentes. Agora foram 12, que tiveram seu tempo de aprendizado diminuído porque um sujeito individual não foi “culturalizado” o suficiente para edificar em si os códigos e leis que garantem o convívio social saudável e a evolução progressiva da espécie humana. Que legado essa geração vai deixar para a futura? Difícil de prever. O do genial desenvolvimento tecnológico ou dos indivíduos sem razão? Inimaginável.
           
            Eu queria que Kant estivesse presente nos dias de hoje. Talvez sua genialidade fosse capaz de solucionar, o problema da falta de razão dos homens. Uns ficam transtornados, outros são vírus de si mesmo e destroem o mundo onde vivem, e ainda há aqueles que preferem fingir que nada acontece. E os que são feridos não são ativistas das mudanças, parecem estar conformados com a regressão e com a insanidade.

            “Mas todo bem que não esteja enxertado numa intenção moralmente boa não passa de pura aparência e cintilante miséria”, assim dizia o autor sobre os homens. Mas ele cria no esforço do gênero humano em sair da miserabilidade. Eu já não creio tanto assim. Falta a coragem para ser feliz e para buscar a perfeição. Estamos mesmo na miséria, na miséria das relações e da razão.

           
           
           

Faltou apenas um rs!

Entendo que as pessoas podem, e vão te decepcionar em algum momento da vida. Shakespeare já escreveu isso e eu aprendi com ele. Por isso costuma-se aconselhar: “confie seus maiores segredos a você mesmo. Aí sim eles estarão seguros.” Mas quando você pensa que descobriu um amigo começa a compartilhar boas coisas, outras nem tanto e aí já viu.

De repente, os anos passam e um negócio chamado empatia começa a tomar conta das conversas e muitas coisas nem precisam mais ser ditas por que, aquele seu “amigo” já sabe. Seus gestos, a velha linguagem corporal e aqueles dizeres rotineiros entregam os pensamentos. Que os “amigos” conhecem bem, ou deveriam conhecer!

Há duvida? Eu entendia que ela não deveria existir. Mas se sim, era o diálogo deveria imperar e não a incerteza. Mas não! Essa tal empatia, deturpa pelo excessivo grau de entendimento de um sobre o outro, que você já tem a plena certeza ao que ele está se referindo, e isso se converte em seu pensamento.

Ledo engano. As pessoas são voláteis, os hormônios se alteram, sua rotina muda e as associações seguem outro raciocínio que, em alguns casos, os “amigos” não conseguem entender. Aí já viu! “Ficou louca, só pode estar me diminuindo! Como foi capaz?”. Quando na realidade o que mudou foi a situação, não a índole do outro. De fato ele não foi capaz, não é do feitio dele, mas você não pode perceber, porque o sentimento te pertencia e não a ele. Uma pena! Talvez tenha faltado o rs, na gagueira da empatia, ou você já não estava mais disposto.