sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

A película da mata

Há alguns dias eu visitei uma doce amiga. E para chegar a casa dela foi preciso caminhar alguns minutos em meio à mata. Estava deslumbrada com o barulhinho dos pássaros, com as cores das borboletas e com o verde límpido das folhas em seus diversos tons, lembrou o caminho que me levava às margens do Parnaíba na adolescência. Uma sensação tão carinhosa, que me fez nem ver o tempo passar, de repente já estávamos no destino final, não era um rio, mas o lar.
 Sua casa parecia àqueles cenários de filmes, tinha um ar da película envelhecida, não no sentido de ser uma casa velha ao contrário, lembrava a altivez daqueles, com seus cortes excêntricos e com o classicismo que eles carregam. Me encantou! O lar estava ali reinante no meio da mata. Com seus cinco quartos, uma extensa cozinha que reúne a todos, suas salas, corredores, biblioteca e escadas, esses espaços entremeados por móveis com histórias. Alguns deles advindo de demolições, outros herdados pela história familiar.
A casa tem a cara da sua dona, com a mesma poesia refletida, e olhar que às vezes é próximo doutras vezes tão distante. Seu nome é May, que quer dizer divindade da mata, não poderia ser outro para quem é tão apaixonada por esse ambiente. A doce May é o detalhe que faz da casa um lugar único, vai virar um “móvel” dela, como as fotografias antigas que ficavam dependuradas na parede.




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