Thays Teixeira
Em uma
manhã de segunda-feira a minha turma (primeira)de mestrado recebeu
um singelo e-mail. Nele constava uma homenagem, e na minha opinião,
a mais despretensiosa e surpreendente que eu vira nos dois anos do
curso. A turma possuía dez alunos e sendo nove mulheres e um bendito
fruto, homem. Por causa dessa peculiaridade o tom é marcante.
A
mensagem chegara um dia depois da reunião de despedida da turma que,
tinha acontecido na casa da Renatinha. E ela veio como um vento
avassalador que derruba tudo que está a nossa frente. O que caiu?
Caíram as fortalezas que nós carregávamos e derrubou toda a força
que julgávamos ter depois que, oito de nós havíamos defendido as
famigeradas dissertações. Que força que nada! Estamos mesmo é com
muita saudade dos primeiros dias, de todos os planos que fizemos, dos
sonhos que a gente pensou e dos congressos que queríamos ir.
Muito
disso nós cumprimos, os nossos currículos estão gordinhos e os
nossos álbuns no face cheios de lindas fotos revelando lugares,
sorrisos e conquistas. Mas tudo isso chegou ao fim e seguiremos
separadamente, ainda com sonhos e com muitos caminhos a percorrer.
Mas eu levarei...
Levarei
do Américo todo o carinho de alguém que soube adivinhar todas as
vezes que eu precisava de apoio. Ele sempre tocava o interfone e
dizia “Olá, amiguinha!”. Da Adriana eu levarei o compromisso. O
compromisso do cuidado com os amigos, se sempre ajudar com algum
grande de desafio e de carinhosamente apelidar o seu carro de
Rodoviária, porque ela sempre estava disposta a dar carona. E ela
sempre me falava “lá minha periferia”. Da Cássia eu vou levar
uma inteligência enigmática e a genialidade. Ela sempre dizia
“bicho, eu to falando sério”. Da Edienari eu levarei a força de
escrever sobre algo que poucos conhecem e a capacidade de construir
conceitos. Ela sempre me dizia “e as zamigas”. Da Jennyfer eu
levarei a superação e o poder de alcance, a linda sempre está a
frente do tempo e conseguindo o que deseja. Ela sempre dizia “ só
que não”. Da Marcela eu levarei as múltiplas capacidades, ser
tudo e ainda ter o título mais lindo do mundo, do riso ao grito
[isso define a pós-graduação]. Ela sempre dizia “tenho que ficar
com o Arthur”. Da Núbia eu vou levar a doçura e os lindos
desenhos que ela faz, inclusive de mim mesma. Ela sempre dizia “ai
meu Deus, eu estou nervosa”. Da Renata eu vou levar a simplicidade
e a coerência, qualidades de poucos humanos. Eis que ela sempre
dizia “ai eu vou ter que assistir a novela”. Da Samária eu
levarei mais que uma divisão de orientação, eu levarei a paciência
e a entrevista mais linda que eu já vi na vida com seu João Claúdio
Moreno. Também levarei a docilidade com que uma mãe pode criar
alguém.
Optei
por levar e descrever os pedaços de vocês em ordem alfabética.
Cada um deles, como diz o Kundera tem o peso e a leveza de uma pena.
E como uma pena pode ser densa! E assim como a pasta da Fátima que é
cor-de-rosa e carrega as nossas atas de defesa, o meu coração tem a
mesma cor, mesclado pelo multicolorismo de todos vocês. Estou com
saudades, e queria todo o lado bom de novo.
Um milhão
de beijos, que são melhor que vaga-lumes.
Amo-os
Thays ….
PS: A
Homenagem da Fátima
HOMENAGEM À PRIMEIRA TURMA DO MESTRADO EM COMUNICAÇÃO DA UFPI
(P/ Fátima Melo – Técnico-administrativo / PPGCOM)
Olá meninas (como sempre as chamei), bom dia!
Sexta-feira, 13 de setembro, Edienari defendeu sua Dissertação,
a antepenúltima na sequencia das defesas da primeira turma. Hoje eu
estava lembrando de uma observação que a Tahys Helena fez aqui no
PPGCOM, na véspera da sua defesa. Foi mais ou menos assim: “
logo, logo, esta listagem de mestrandos da primeira turma sairá
deste mural”. É verdade. A substituição de vocês por outros/as
acontecerá sem que a gente se aperceba. São as transformações
que a vida vai nos impondo, à proporção que vivemos e realizamos.
Vocês passaram por aqui, inaugurando uma fase muito desejada pela
UFPI, em especial pelo CCE/docentes do Departamento de Comunicação
que teve, e continua até hoje, contando com a minha colaboração.
Nessa condição, eu não poderia deixar de parabenizá-las pela
determinação e conquista. Não ministrei nem uma disciplina, mas
convivi cotidianamente, durante esses dois anos, com suas vidas
acadêmicas de mestrandas. Talvez, vocês não tenham a ideia de quão
grande é o envolvimento da atividade técnica com os discentes. É
porque nosso trabalho é solitário, é silencioso, motivo pelo qual,
é quase imperceptível e as vezes, pouco valorizado. Quero
parabenizar a vocês, em especial, por terem concluído o curso no
tempo que a CAPES lhes concedeu. É muito bom para nossa avaliação.
E quero comunicar-lhe que lhes fiz uma singela homenagem. A primeira
pasta de atas do PROGRAMA, em que estão arquivadas as atas das
defesas de vocês, bem como das próximas turmas , é COR-DE ROSA,
em homenagem a essa turma, quase cem por cento feminina. COR-DE-ROSA
sim, demonstrando a leveza, a garra, a determinação e o romantismo
(por que não), desse gênero que sabe o que quer e faz a coisa
acontecer. PARABÉNS MENINAS Adriana, Edienari, Jennyffer, Marcela,
Núbia, Renata, Semária e Thays! E boa sorte nas próximas etapas
de suas vidas. Abraço, Fátima/PPGCOM.
Nenhum comentário:
Postar um comentário