segunda-feira, 16 de setembro de 2013

As surpresas da vida vem em pastas cor-de-rosa



Thays Teixeira

Em uma manhã de segunda-feira a minha turma (primeira)de mestrado recebeu um singelo e-mail. Nele constava uma homenagem, e na minha opinião, a mais despretensiosa e surpreendente que eu vira nos dois anos do curso. A turma possuía dez alunos e sendo nove mulheres e um bendito fruto, homem. Por causa dessa peculiaridade o tom é marcante.

A mensagem chegara um dia depois da reunião de despedida da turma que, tinha acontecido na casa da Renatinha. E ela veio como um vento avassalador que derruba tudo que está a nossa frente. O que caiu? Caíram as fortalezas que nós carregávamos e derrubou toda a força que julgávamos ter depois que, oito de nós havíamos defendido as famigeradas dissertações. Que força que nada! Estamos mesmo é com muita saudade dos primeiros dias, de todos os planos que fizemos, dos sonhos que a gente pensou e dos congressos que queríamos ir.

Muito disso nós cumprimos, os nossos currículos estão gordinhos e os nossos álbuns no face cheios de lindas fotos revelando lugares, sorrisos e conquistas. Mas tudo isso chegou ao fim e seguiremos separadamente, ainda com sonhos e com muitos caminhos a percorrer. Mas eu levarei...

Levarei do Américo todo o carinho de alguém que soube adivinhar todas as vezes que eu precisava de apoio. Ele sempre tocava o interfone e dizia “Olá, amiguinha!”. Da Adriana eu levarei o compromisso. O compromisso do cuidado com os amigos, se sempre ajudar com algum grande de desafio e de carinhosamente apelidar o seu carro de Rodoviária, porque ela sempre estava disposta a dar carona. E ela sempre me falava “lá minha periferia”. Da Cássia eu vou levar uma inteligência enigmática e a genialidade. Ela sempre dizia “bicho, eu to falando sério”. Da Edienari eu levarei a força de escrever sobre algo que poucos conhecem e a capacidade de construir conceitos. Ela sempre me dizia “e as zamigas”. Da Jennyfer eu levarei a superação e o poder de alcance, a linda sempre está a frente do tempo e conseguindo o que deseja. Ela sempre dizia “ só que não”. Da Marcela eu levarei as múltiplas capacidades, ser tudo e ainda ter o título mais lindo do mundo, do riso ao grito [isso define a pós-graduação]. Ela sempre dizia “tenho que ficar com o Arthur”. Da Núbia eu vou levar a doçura e os lindos desenhos que ela faz, inclusive de mim mesma. Ela sempre dizia “ai meu Deus, eu estou nervosa”. Da Renata eu vou levar a simplicidade e a coerência, qualidades de poucos humanos. Eis que ela sempre dizia “ai eu vou ter que assistir a novela”. Da Samária eu levarei mais que uma divisão de orientação, eu levarei a paciência e a entrevista mais linda que eu já vi na vida com seu João Claúdio Moreno. Também levarei a docilidade com que uma mãe pode criar alguém.

Optei por levar e descrever os pedaços de vocês em ordem alfabética. Cada um deles, como diz o Kundera tem o peso e a leveza de uma pena. E como uma pena pode ser densa! E assim como a pasta da Fátima que é cor-de-rosa e carrega as nossas atas de defesa, o meu coração tem a mesma cor, mesclado pelo multicolorismo de todos vocês. Estou com saudades, e queria todo o lado bom de novo.

Um milhão de beijos, que são melhor que vaga-lumes.

Amo-os

Thays ….

PS: A Homenagem da Fátima

HOMENAGEM À PRIMEIRA TURMA DO MESTRADO EM COMUNICAÇÃO DA UFPI
(P/ Fátima Melo – Técnico-administrativo / PPGCOM)

Olá meninas (como sempre as chamei), bom dia!
Sexta-feira, 13 de setembro, Edienari defendeu sua Dissertação, a antepenúltima na sequencia das defesas da primeira turma. Hoje eu estava lembrando de uma observação que a Tahys Helena fez aqui no PPGCOM, na véspera da sua defesa. Foi mais ou menos assim: “ logo, logo, esta listagem de mestrandos da primeira turma sairá deste mural”. É verdade. A substituição de vocês por outros/as acontecerá sem que a gente se aperceba. São as transformações que a vida vai nos impondo, à proporção que vivemos e realizamos. Vocês passaram por aqui, inaugurando uma fase muito desejada pela UFPI, em especial pelo CCE/docentes do Departamento de Comunicação que teve, e continua até hoje, contando com a minha colaboração. Nessa condição, eu não poderia deixar de parabenizá-las pela determinação e conquista. Não ministrei nem uma disciplina, mas convivi cotidianamente, durante esses dois anos, com suas vidas acadêmicas de mestrandas. Talvez, vocês não tenham a ideia de quão grande é o envolvimento da atividade técnica com os discentes. É porque nosso trabalho é solitário, é silencioso, motivo pelo qual, é quase imperceptível e as vezes, pouco valorizado. Quero parabenizar a vocês, em especial, por terem concluído o curso no tempo que a CAPES lhes concedeu. É muito bom para nossa avaliação. E quero comunicar-lhe que lhes fiz uma singela homenagem. A primeira pasta de atas do PROGRAMA, em que estão arquivadas as atas das defesas de vocês, bem como das próximas turmas , é COR-DE ROSA, em homenagem a essa turma, quase cem por cento feminina. COR-DE-ROSA sim, demonstrando a leveza, a garra, a determinação e o romantismo (por que não), desse gênero que sabe o que quer e faz a coisa acontecer. PARABÉNS MENINAS Adriana, Edienari, Jennyffer, Marcela, Núbia, Renata, Semária e Thays! E boa sorte nas próximas etapas de suas vidas. Abraço, Fátima/PPGCOM.





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