sexta-feira, 8 de abril de 2011

Faltou apenas um rs!

Entendo que as pessoas podem, e vão te decepcionar em algum momento da vida. Shakespeare já escreveu isso e eu aprendi com ele. Por isso costuma-se aconselhar: “confie seus maiores segredos a você mesmo. Aí sim eles estarão seguros.” Mas quando você pensa que descobriu um amigo começa a compartilhar boas coisas, outras nem tanto e aí já viu.

De repente, os anos passam e um negócio chamado empatia começa a tomar conta das conversas e muitas coisas nem precisam mais ser ditas por que, aquele seu “amigo” já sabe. Seus gestos, a velha linguagem corporal e aqueles dizeres rotineiros entregam os pensamentos. Que os “amigos” conhecem bem, ou deveriam conhecer!

Há duvida? Eu entendia que ela não deveria existir. Mas se sim, era o diálogo deveria imperar e não a incerteza. Mas não! Essa tal empatia, deturpa pelo excessivo grau de entendimento de um sobre o outro, que você já tem a plena certeza ao que ele está se referindo, e isso se converte em seu pensamento.

Ledo engano. As pessoas são voláteis, os hormônios se alteram, sua rotina muda e as associações seguem outro raciocínio que, em alguns casos, os “amigos” não conseguem entender. Aí já viu! “Ficou louca, só pode estar me diminuindo! Como foi capaz?”. Quando na realidade o que mudou foi a situação, não a índole do outro. De fato ele não foi capaz, não é do feitio dele, mas você não pode perceber, porque o sentimento te pertencia e não a ele. Uma pena! Talvez tenha faltado o rs, na gagueira da empatia, ou você já não estava mais disposto.

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