quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Em nome de Deus: terror e fraternidade no campo religioso

Os preceitos religiosos são os guias dos fieis, mas até que ponto estes preceitos interferem numa convivência social saudável? Um exemplo bastante comum de fundamentalismo religioso se dá no islamismo onde o terrorismo faz parte das ações mais freqüentes dos seguidores extremistas.
O islamismo deixou de ser exclusivamente uma religião e passou a ser uma cultura, uma sociedade, alem de fazer parte de um contexto político diferenciado dos moldes ocidentais e das democracias onde a liberdade de expressão é algo muito distante ou simplesmente um sonho longínquo como acontece no oriente mulçumano. Mas afinal qual é o problema do Islã? Uma rigidez dogmática ligada a códigos severos e que não considera as liberdades individuais que não admite ser contrariada, nem o próprio mulçumano é livre para questionar a sua crença. Uma religião que vive de prescrições antiquadas e arcaicas e que a intolerância com outras modalidades de religião e cultura estão bastante acentuada. “Em nome da convivência multicultural, intelectuais do Ocidente hesitam em pôr em evidencia a situação subjugada da mulher no Islã. Ora, aqui não cabem relativismos. Abuso e mutilação sexual são crimes e ponto final. Hoje, agora, já!” nessa afirmação de Ayaan Hirsi Ali uma ex-mulçumana que vive na Holanda e que é parlamentar, não deixa brechas ao extremismo que é pregado pelo islamismo principalmente no que se refere às mulheres e no tratamento dado a elas e uma critica as políticas internacionais que se fecham para esses comportamentos.
O fundamentalismo religioso não é uma exclusividade do islamismo todas as outras formas de manifestações religiosas apresentam algo do tipo, mas com configurações diferenciadas do Islã. A perspectiva de uma reflexão critica das doutrinas religiosas deve ser considerada e o respeito à cidadania e aos direitos de dignidades dos seres humanos devem aparecer com mais ênfase nas discussões políticas internacionais, mas antes de tudo é preciso que os próprios seguidores compreendam estes abusos e absurdos e possam buscar uma forma mais respeitosa de convívio com os outros indivíduos que profetizam uma fé e uma cultura diferente das suas. A fraternidade entre os povos e suas diversidades religiosas deve ser buscada e uma visão de alteridade para que outro seja enxergado com respeito e como um ser culturalmente diversificado. As variedades de religiões no planeta promovem diversos tipos de cultos e prescrições que necessitam de uma socialização e de um convívio saudável. A manutenção de uma vida que não seja cativa que se mantenha um mínimo de neutralidade possível principalmente no tocante a outras formas de pensamentos religiosos e até mesmo quando se trata de concepções literalmente discordantes como é o caso do Islamismo com as outras formas de expressões de religiosidade.
A evolução das concepções religiosas ocidentais se difere do islamismo justamente porque parecem se adaptar de maneira mais fácil as realidades diversas e aos comportamentos que não se adequam aos seus em especifico. Mas vale ressaltar que isso é numa visão ampla da situação visto como já foi mencionado o extremismo religioso também acontece nas religiões ocidentais como no cristianismo entre outras, só que se dão de maneiras mais sutis e nas suas micro-relações, grandes atos como os ataques terroristas não fazem parte das atitudes pelo menos não descaradamente.

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