quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Um vírus só não faz doença: a AIDS como uma construção social

Vírus HIV é o causador de uma epidemia global, a AIDS que nestes últimos anos tem sido um foco de pânico porque as sociedades tinham pensado que superaram a morte e quando na verdade não queriam falar sobre ela. O modo como encaramos a realidade e como enfrentamos as doenças é algo que deve realmente ser considerado mais enfaticamente porque existe uma necessidade publica e existencial sobre isso.
A AIDS se apresenta como absolutamente mortal e epidêmica e trouxe a tona novas discussões principalmente do ponto de vista do social chamando atenção não somente para esta doença, mas para a calamidade publica que é o sistema de saúde, os absurdos ditado pelos preconceitos e a própria mesquinhez da humanidade. Hoje estar com AIDS não é apenas estar infectado com uma doença biológica, mas alem disso com uma doença social, o vírus não faz a AIDS sozinho, alem dele estão presentes o descaso, o desrespeito, a exclusão e o desconhecimento sobre cuidados e prevenção.
“É inadmissível que alguém sofra por um vírus, uma doença, uma enfermidade, e que alem disso, alem de enfrentar a morte, ainda precise se esconder da sociedade e dos seus irmãos e irmãs” como bem expressou Herbert de Sousa a sociedade trata seus doentes como seres à margem dos direitos e da cidadania principalmente quando se refere às doenças que provocam o ostracismo. A AIDS demonstrou, mesmo que de uma maneira cruel, que os seres humanos não são imunes à morte, atacando sem piedade a própria imunidade dos homens.
Espera-se a cura para a enfermidade do corpo e que junto a ela se agregue a cura do mal-estar social sobre doenças epidêmicas, porque uma doença não se faz sozinha, principalmente no que se refere a AIDS e outras doenças que são tratadas subversivamente.

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